Burnout: O Reconhecimento e Como Ele Pode Transformar Nossas Relações com o Trabalho

burnout

Você já sentiu aquela exaustão que parece ir além do cansaço físico? Como se simplesmente não conseguisse mais lidar com as demandas do dia a dia? Se sim, pode ter sido um sinal de burnout – e saiba que você não está sozinho. Recentemente, o burnout foi oficialmente incluído no CID-11, a classificação internacional de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse reconhecimento não é só um termo técnico; é uma forma de legitimar o impacto que o esgotamento profissional tem na vida das pessoas e nas empresas.

O que é o Burnout?

dúvidas

Burnout não é só “estar cansado”. Ele tem três dimensões principais:

  • Exaustão emocional: Aquela sensação de que a energia acabou e você não tem forças para seguir.
  • Cinismo ou desconexão: Perda de interesse e motivação no trabalho, como se aquilo não fizesse mais sentido.
  • Redução da eficácia: Dificuldade em realizar até mesmo tarefas simples, acompanhado por uma sensação de incapacidade.

Ao reconhecer o burnout como uma condição oficial no CID-11, o mundo dá um passo importante para tratar esse problema com a seriedade que ele merece.


Por que o reconhecimento no CID-11 é tão importante?

Para muitas pessoas, o burnout já fazia parte de suas vidas, mas nem sempre era levado a sério. Agora, com o código QD85 no CID-11, o esgotamento profissional é oficialmente reconhecido como uma síndrome associada ao ambiente de trabalho. Isso traz implicações práticas, como:

  • Direitos para os trabalhadores: A possibilidade de usar o diagnóstico para afastamentos legais, tratamento e apoio psicológico.
  • Responsabilidade das empresas: O burnout deixa de ser um tabu e passa a exigir ações efetivas para prevenir o problema e cuidar da saúde mental dos colaboradores.

Esse reconhecimento é um alerta para todos nós: o trabalho nunca deveria ser a causa de um esgotamento tão intenso que afeta nosso bem-estar e qualidade de vida.


Por que o burnout está tão presente hoje?

Nos tempos atuais, o excesso de demandas, jornadas estendidas e o trabalho remoto trouxeram novas pressões. Muitos não conseguem separar a vida pessoal do profissional e se sentem constantemente sobrecarregados. Soma-se a isso culturas corporativas que valorizam o “sempre disponível” e ignoram pausas – uma fórmula perfeita para o esgotamento.

Empresas que não reconhecem essa realidade enfrentam custos altos, como absenteísmo e alta rotatividade de colaboradores. Mas e se mudássemos a forma de lidar com isso, transformando o cuidado com a saúde mental em prioridade?


Combatendo o burnout: silêncio, introspecção e terapia

Lidar com o burnout começa com um passo simples: parar. O silêncio e a autorreflexão são aliados poderosos que nos ajudam a entender o que estamos sentindo. Perguntas como “o que está me desgastando?” ou “o que eu realmente quero?” são chaves para começar a recuperar o equilíbrio.

Mas sabemos que enfrentar essas questões sozinho nem sempre é fácil, especialmente quando já estamos no limite. É aqui que entra a terapia. Com o suporte de um psicólogo, você ganha um espaço seguro para falar sobre suas dores, identificar gatilhos e criar estratégias para lidar com o esgotamento de forma saudável.


O que empresas podem fazer?

A inclusão do burnout no CID-11 também coloca um novo desafio para os empregadores. É fundamental que as organizações:

  • Invistam em programas de saúde mental.
  • Revisem demandas excessivas e promovam pausas.
  • Incentivem um equilíbrio real entre vida profissional e pessoal.

Empresas que cuidam da saúde mental de seus colaboradores não apenas evitam problemas como burnout, mas também constroem ambientes mais produtivos e humanos.


E você? Está se sentindo no limite?

Burnout não é algo que devemos ignorar ou enfrentar sozinhos. É um problema real que merece atenção e cuidado. A terapia pode ser o espaço onde você encontra acolhimento, reconecta com seus objetivos e descobre como restabelecer os limites entre trabalho e vida pessoal.

Se você sente que está carregando mais do que deveria, que tal buscar ajuda? Vamos transformar o esgotamento em um ponto de virada. Porque cuidar de você nunca será demais.

Compartilhe:

Escrito por:

Foto de Bruna Limas

Bruna Limas

Psicóloga clínica com mais de 7 anos de experiência, especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental. Com atuação também na área organizacional, oferece atendimento 100% online, focado em transtornos de ansiedade, alimentares e desenvolvimento profissional. Apaixonada pela psicologia, acredita no poder do autoconhecimento para promover mudanças duradouras e o bem-estar emocional.

Foto de Bruna Limas

Bruna Limas

Psicóloga clínica com mais de 7 anos de experiência, especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental. Com atuação também na área organizacional, oferece atendimento 100% online, focado em transtornos de ansiedade, alimentares e desenvolvimento profissional. Apaixonada pela psicologia, acredita no poder do autoconhecimento para promover mudanças duradouras e o bem-estar emocional.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também: